Termo de cooperação com a Controladoria Geral do Estado foi o que garantiu a identificação e prisão dos servidores
Seis servidores públicos do Estado foram presos nesta terça-feira (24) pela Divisão de Combate à Corrupção (DCCO). Os mandados de prisão aconteceram em Curitiba, Colombo, Matinhos, Maringá e Assis Chateubriand, com o apoio da Controladoria Geral do Estado (CGE). Entre os crimes que motivaram as prisões estão: tráfico de influência; porte ilegal de arma de uso restrito; atentado violento ao pudor; corrupção passiva e pensão alimentícia.
Foi a partir de um termo de cooperação assinado entre a CGE e a DCCO que se deram as prisões. Além disso, o termo garantiu o cruzamento de informações do banco de dados dos servidores públicos do Estado do Paraná com o de mandados de prisão em aberto da Polícia Civil. Segundo o delegado titular da DCCO, Renato Figueroa, as prisões cumpridas ocorreram por mandados que já haviam sido expedidos, ou seja, não foram realizadas a partir de investigações da Divisão de Combate à Corrupção.
“São mandados de prisão, alguns decorrentes de ações penais, outros de ações cíveis. A importância dessa operação é que foi a primeira feita com a Controladoria-Geral do Estado. Eles fazem o cruzamento de dados, aonde foram detectados servidores trabalhando e aqueles que possuíam mandados de prisão em seu desfavor”, afirmou Figueroa. Para ele, o cumprimento dos mandados tem como objetivo por um fim aos “atrasos” decorrentes da deficiência de comunicação entre o poder judiciário e a Polícia.
Para o controlador-geral do Estado, Carlos Eduardo de Moura, essa ação da DCCO com o CGE é inédita e visa a moralidade do serviço público. “Essa operação com a Polícia Civil marca o início de uma prática, que é voltada para a manutenção do nível de moralidade no serviço público”, declarou.
OS ENVOLVIDOS - No total, a lista de funcionários públicos com mandados de prisão em aberto soma sete, sendo que estão entre eles: um professor de ensino médio; uma agente educacional; um agente penitenciário; um técnico em enfermagem; um professor contratado por Processo Seletivo Simplificado (PSS); um policial militar, que já estava detido por ação policial anterior no Batalhão de Guarda da Polícia Militar do Paraná e um médico que trabalha no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Maringá. Um dos suspeitos ainda não foi encontrado pela polícia. Cada situação envolvendo os servidores públicos será analisada de maneira individual, que poderá resultar na abertura de uma sindicância interna e, posteriormente, num processo administrativo disciplinar podendo culminar na demissão do funcionário. A partir das prisões, o governo do Paraná dará prosseguimento às investigações administrativas.