Por: Agência Sebrae Os trabalhadores com carteira assinada no Paraná aguardam, com expectativa, o recebimento da primeira parcela do 13º salário, que será paga nos próximos dias. No entanto, o rendimento extra será mais direcionado para poupança e pagamento de dívidas do que para consumo imediato. Uma sondagem da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), em parceria com o Sebrae/PR, mostra que 39,4% dos paranaenses planejam poupar ou investir o valor.
Na região Leste, que abrange os municípios da Região Metropolitana de Curitiba, Vale do Ribeira e Litoral, além da poupança, o abono também será utilizado para o pagamento de dívidas: ambas as destinações receberam 32,5% das menções.
A compra de presentes figura como terceira opção, com 18,8%, seguida pelo pagamento de impostos e taxas, com 16,3%, e por viagens e turismo, com 11,3%. Para o coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio PR, Rodrigo Schmidt, os dados refletem o comportamento consciente dos trabalhadores paranaenses, que priorizam a organização financeira e o uso estratégico do abono.
“No Paraná, o destino do 13º salário será principalmente para reserva, investimento e pagamento de dívidas, que podem ser relativas a vencimentos futuros ou contas atrasadas. Embora boa parte do valor seja destinada a compromissos financeiros, este volume extra de recursos nas mãos dos consumidores também repercute positivamente no comércio de bens, serviços e turismo, especialmente em itens como presentes e viagens”, avalia.
Com relação ao destino do 13º salário, a coordenadora de Comércio e Serviços do Sebrae/PR, Suelen Pedroso, aponta que os paranaenses tiveram uma mudança no comportamento.
“No ano passado foi um recurs o utilizado mais para cobrir dívidas e, agora, vemos uma preocupação maior em ter uma reserva ou até investir. As viagens também ganharam espaço e indica uma oportunidade para o setor de turismo. Além disso, é necessário prestar atenção às nuances do perfil de compra dos consumidores, uma vez que é possível dar ênfase nas estratégias”, completa.
A compra de presentes será mais intensa entre as trabalhadoras, com 23,8% ante 13,2% entre os homens, assim com o pagamento de impostos e taxas, com 21,4% entre as mulheres e 10,5% dos homens.
O uso do valor para viagens e turismo terá intensidade muito semelhante entre homens e mulheres, com 11,9% entre elas e 10,5% entre eles.